RESENHA: A MORTE DE IVAN ILITCH DE LEON TOLSTÓI – 3 LIÇÕES INESQUECÍVEIS

Hoje vou falar sobre um livro que tem um título meio pesado, mas que é uma verdadeira obra-prima: “A Morte de Ivan Ilitch”, do grandioso Leon Tolstói. Quem já ouviu falar do Tolstói provavelmente conhece “Guerra e Paz”, aquela “biblioteca” disfarçada de livro que todo mundo diz que vai ler um dia (mas raramente lê). Só que Tolstói também sabia como criar histórias curtas e impactantes, e “A Morte de Ivan Ilitch” é a prova viva disso.

Sinopse do livro “A Morte de Ivan Ilitch”

“A Morte de Ivan Ilitch” é uma novela escrita pelo autor russo Leon Tolstói, publicada pela primeira vez em 1886. A história foca em Ivan Ilitch, um juiz que vive uma vida convencional, seguindo as normas e expectativas da sociedade. Ele tem uma carreira bem-sucedida, casa-se por razões pragmáticas e vive aparentemente feliz, até que é confrontado com uma doença terminal.

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A narrativa segue Ivan Ilitch em sua luta contra a doença e a crescente percepção da sua própria mortalidade. À medida que se aproxima do fim, ele começa a questionar o valor e o significado de sua vida, confrontando a angústia e o sofrimento que acompanham a iminência da morte. A história explora temas profundos como a natureza da existência, a inevitabilidade da morte e a busca por significado em uma vida muitas vezes vivida no piloto automático, sem questionamento ou paixão genuína.

Ao longo da história, Ivan Ilitch passa por várias etapas emocionais e cognitivas, desde a negação até a aceitação. Em seus momentos finais, ele encontra uma espécie de redenção ou iluminação que lhe dá uma compreensão mais profunda sobre o significado da vida e da morte.

O livro é considerado uma obra-prima que aborda questões filosóficas e existenciais de maneira acessível, através da experiência intensamente humana de um homem comum enfrentando o fim da vida. É frequentemente estudado em cursos de literatura e filosofia e continua a ser relevante mais de um século após sua publicação, oferecendo uma visão penetrante da condição humana.

O Que É Ser Humano?

Primeiramente, vamos deixar algo bem claro: essa história não é sobre como morrer, mas sobre como viver. A gente tem essa ideia de que Tolstói só escrevia sobre a Rússia do século XIX, mas a verdade é que ele está falando de algo universal. A história se debruça sobre a vida de Ivan Ilitch, um juiz que fez tudo “certinho” conforme as regras da sociedade, e só começou a questionar suas escolhas quando se viu de frente com a morte. Fala sério, isso é algo que atinge todos nós, não importa o século ou lugar onde vivemos.

A Estrutura É Tudo

O legal da narrativa é que você já sabe que o Ivan vai morrer logo no começo do livro. A questão não é o “o quê”, mas o “como” e o “por quê”. A partir daí, Tolstói vai desconstruindo a vida do cara, desde como ele conheceu a esposa até as escolhas profissionais que fez. E os detalhes, aparentemente insignificantes, te puxam para dentro da história porque você percebe que as pequenas escolhas da vida do Ivan também são as suas, as minhas, as de todo mundo. Ele não era um “vilão”; era um cara comum que viveu a vida no piloto automático, fazendo o que “parecia certo”, mas que, no final, levou à morte (física e espiritual).

A Dor Como Revelação

E tem uma coisa sobre a dor… Ela é o gatilho que faz você parar e repensar tudo. No livro, a dor física do Ivan o faz finalmente questionar o significado de tudo. Até então, ele estava de boas, achando que estava arrasando na vida. Mas quando o bicho pega, é como se um véu caísse e ele visse claramente quem ele realmente era e o que tinha feito da sua vida. A dor foi o farol que iluminou as profundezas da sua alma.

E Aí, Vale a Pena Ler?

Eu não diria que esse livro é um “feel-good read”. Mas é um daqueles livros que todo mundo deveria ler. É como um soco no estômago que te acorda para a realidade. E por mais duro que seja, é algo de que todos nós precisamos de vez em quando. É um lembrete poderoso de que a morte não é algo que só acontece com “os outros”, é uma realidade para todos nós. E esse lembrete nos faz questionar como estamos vivendo nossas vidas. O Ivan Ilitch somos todos nós; suas escolhas, ilusões e até sua dor podem ser as nossas. A história serve como um espelho que reflete nossa própria humanidade, com todos os seus defeitos e belezas.

Então, se você está a fim de uma leitura que vai mexer com você em vários níveis, que é curta mas cheia de significados, “A Morte de Ivan Ilitch” é ideal.

Acredite, esse é um livro que você vai terminar e continuar pensando nele por dias a fio. E, quem sabe, talvez ele até te inspire a viver uma vida mais autêntica e significativa. Porque, no final das contas, é disso que se trata: entender o que realmente importa enquanto ainda temos tempo.

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Curioso para explorar mais sobre o significado da vida e da morte? Não deixe de conferir o livro “A morte é um dia que vale a pena viver” de Ana Claudia Quintana Arantes. É a reflexão profunda que você precisa! Clique aqui e leia o resumo agora mesmo.

O Que Aprender com o Fim: As 3 Lições Inesquecíveis de ‘A Morte de Ivan Ilitch’

A Morte de Ivan Ilitch
A Morte de Ivan Ilitch – Leon Tolstói

A Importância da Autenticidade

A vida de Ivan Ilitch é um exemplo gritante de uma vida vivida no “modo automático”, seguindo as convenções sociais sem se perguntar o que realmente importava para ele. Ele fez tudo “certo” de acordo com a sociedade, mas quando se viu frente a frente com a morte, percebeu que talvez não tivesse vivido de forma autêntica. A lição aqui é clara: é crucial ser verdadeiro consigo mesmo e não apenas seguir o roteiro que a sociedade espera de nós.

A Mortalidade Como Espelho da Vida

O livro não esconde o final; já sabemos desde o começo que Ivan Ilitch vai morrer. A questão é como ele lida com essa realidade. O enfrentamento da própria mortalidade serve como um espelho que reflete a qualidade de sua vida, suas escolhas e seus valores. A grande lição é que a consciência da mortalidade não deve ser evitada, mas sim encarada como uma oportunidade para avaliar e, se necessário, reajustar nossa trajetória.

A Dor Como Reveladora da Verdade

A dor física e emocional que Ivan experimenta não é apenas um sintoma de sua doença; é também um sintoma de uma vida não bem vivida. A dor o desperta para a realidade e o força a olhar para dentro, algo que ele evitou a vida toda. Aqui, Tolstói nos ensina que a dor, por mais difícil que seja, pode ser uma mestra poderosa, revelando verdades que talvez não quiséssemos, mas precisássemos enfrentar.

Essas lições vão muito além do contexto da Rússia do século XIX; elas são universais e atemporais. E é por isso que “A Morte de Ivan Ilitch” continua sendo uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada em entender os dilemas mais profundos da condição humana.

FRASE INSPIRADORA

“Chorou pelo seu desamparo, pela sua horrível solidão, pela crueldade dos homens, pela crueldade de Deus, pela ausência de Deus.”
Leon Tolstói

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